segunda-feira, 24 de maio de 2010

E na cidade vizinha....
















O lindo Zôo de Gramado. Quer vizinhos melhores? Gramado, Canela, Nova Petrópolis....















Estou vivendo nas nuvens!!!







Muitos dias e noites são assim por aqui, literalmente nas nuvens.

Galópolis



Essa foto é em Galópolis, no caminho para NH, os pontos brancos na árvore são garças.

Cores alteradas, beleza renovada!!!







A primeira imagem é do parque hoje, a última, era ainda no verão.

Parque dos Macaquinhos


Esse parque é muito lindo, independente da estação!!!








Caminhos verdes




Esse é o caminho para o parque, a primeira foto é agora, no outono e essa última é no verão.

Belas visões








Essas são as visões previlegiadas que tenho da janela do apto!!! A primeira e a última foto é do Parque dos Macaquinhos.

Não encontrei apenas o frio na serra...
















Encontrei também belas imagens, como essas que tenho da janela do meu apto!!! Essas foram tiradas antes do outono.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Parte 3

Minha família é bastante grande. Tenho 9 tios, eles já se casaram pelo menos uma vez, mas alguns já se casaram 3 vezes e os ex não deixam de ser da família. Cada um tem pelo menos 1 filho, mas alguns tem 5 e cada um desses 5 já se casou pelo menos 1 vez, mas alguns já se casaram 2 vezes e alguns tem 1 filho, mas outros tem 3.
Além dessa família, ainda tenho a família que escolhemos, que são os amigos, e já morei em 5 cidades diferentes e em cada cidade deixo uma parte da família que escolhi, ainda tem os lugares que trabalhei e as pessoas com quem estudei, ou seja, minha família é enorme.
O lado ruim de ter uma família tão grande, são as pessoas que perdemos pelo caminho. Desde criança convivo com a morte de pessoas que amo e admiro.
Tinha apenas 3 anos quando a mãe da Dani morreu, mas lembro como se fosse hoje, uma dor imensa e o sofrimento de todos a minha volta. Lembro também da Lurdinha, que era filha dos nossos vizinhos (que se tornaram nossa família), ela era uma mulher linda, cheia de vida e de carinho , sentia isso dela, eu tinha uns 8 anos acho.
E assim foi, e o que mais me doía ,a medida que eu fui crescendo e entendendo melhor, era ver que as pessoas morriam e depois de alguns dias, nossas vidas seguiam normalmente. Isso além de tristeza, causava um grande medo, será que isso aconteceria comigo? Quando eu morresse, seriam dias de sofrimento e depois a vida retornaria para todos da mesma forma?
Mas a resposta veio qndo meu Arthur faleceu,talvez pela maturidade, ou pela imensa dor, eu percebi que sim, a vida segue, mas nunca mais da mesma forma.
Percebi isso porque no dia que voltei a trabalhar , eu estava lendo o jornal e vi que uma vizinha do meu avô havia colocado uma mensagem linda no jornal sobre ele. Ela detalhava com precisão o jeitinho dele, as coisas que havia aprendido com ele, falava do carinho e da saudade.
Nesse momento, eu percebi que a vida seguiria sim, mas que as coisas que havíamos aprendido, sentido e vivido com ele, essas coisa, jamais sairiam de nós e cada vez que víssemos algo que nos lembrasse dele, ele viveria novamente dentro de nós.
Ouvi uma frase que diz: -Só morremos quando morre a última pessoa que lembra de nós.
Sendo assim, meu avô, ainda levará muito tempo para morrer, porque através de nós, os bisnetos ainda o conhecerão e quem sabe os tataranetos.
Por isso considero esse fato, um divisor de águas, porque esse entendimento acalmou meu coração das saudades e do medo.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Parte 2


-Alô, Rose? Qual é o resultado? - Perguntei.
-Parabéns amiga, deu positivo! Eu vou ser dinda e tu vai ser mamãe!!!- Respondeu minha amiga Rose, que foi buscar o exame de gravidez no laboratório.
E a partir daí vieram todas as mudanças: corpo, cabeça, sentimentos...e o meu maior medo era esse, a mudança. Sou muito resistente a elas, sempre as encaro com bastante ansiedade.
E quando eu estava apavorada, morrendo de medo, minha família e meus amigos fizeram toda a diferença.
O maridão, que na época era namoradão (risos), também ficou muito assustado, mas não deixou de me apoiar um só minuto, foi companheiro, paciente e exigente: tinha que ser menino.
Meus pais (que são maravilhosos) foram corujas desde o início, claro que meu pai não deixou barato quando eu contei que estava grávida: "-Pensei que tu fosse mais esperta."Ele disse.
E eu também pensava.
Mas foi só isso, depois ele fazia meu café todas as manhãs para que eu não fosse trabalhar sem comer nada e ainda arrumava uma sacolinha com um lanchinho para eu levar ao trabalho.
E todos as sextas-feiras ele ia na feira e comprava (entre outras frutas) meia melancia, que eu comia antes de ir para o SENAI e chegava lá me sentindo uma jibóia.
No SENAI tive todo apoio dos professores e muito carinho dos colegas, Elaine e Goiano foram muito importantes, pena que o tempo nos afastou.
Na empresa que eu trabalhava os paparicos também eram muitos, da Rose, Marcinha, Elida, Ariane e longos e importantes conselhos da Gislaine.
Recebi muito amor e atenção de todas essas pessoas e muitas outras que com certeza também são muito importantes, mas como preciso resumir citarei-as em outro momento.
Só não posso deixar de citar minhas duas cumadres, amigas, virginianas legítimas e lindas, tanto na estética quanto na alma.
A Grazi, minha prima, minha luz, minha amada, que quando soube da minha gravidez, saiu em disparada e comprou o primeiro presente para o meu neguinho e escreveu uma carta linda, dizendo o quanto eu era importante para ela e algo que eu já sabia: que poderia contar com ela sempre.
E a Sá, linda, cheia de vida, que eu amo muito, me paparicou e alisou e acariciou minha barriga durante os nove meses. Esteve sempre comigo, não me abandonou nunca. E isso tem uma importância sem tamanho, porque muitos amigos se afastam quando sabe que o casal vai ter um filho, como se passam automaticamente a pertencer a outro grupo.
Quando o Guto nasceu as duas estavam lá, a Sá teve mais um gesto lindo, me deu uma correntinha com um pingente de menino e disse: "-Eu sabia que todos trariam presentes para o Guto, por isso, quis trazer um presente pra ti miga." Ela me paparicou até o último momento da gravidez e me enche de carinho até hoje.
E a Grazi ficou comigo no hospital, nos (eu e o Guto) enchendo de amor e me ajudando na difícil tarefa de trocar a primeira fralda e adivinhar porque ele estava chorando.
O Guto tem muita sorte com os dindos e eu com meus amigos.
Mas não foram só os mimos e paparicos que vieram com a gravidez. Veio também um compromisso que tornou-se um divisor de águas. O compromisso que eu senti que tinha que firmar comigo, desde que soube que estava grávida e comecei a pensar no futuro do meu filho. O compromisso de tentar ser cada dia uma pessoa melhor.
Por quê?
Primeiro porque eu era muito intolerante, arrogante, inflexível...Eu pensava que sempre estava com a razão e não entendia como as pessoas não viam isso (risos).E eu sabia que uma mãe não deve ter nenhuma dessas características, pelo contrário, tolerância e flexibilidade devem ser constantes.
Segundo, porque recebi tanto amor durante minha gravidez, que percebi que grande parte disso veio das atitudes que tive antes e das atitudes que meus pais tiveram com outras pessoas e acabaram refletindo sobre mim de forma positiva.
Por fim, penso que é importante esse compromisso para que eu crie uma criança feliz e um adulto que siga esse mesmo compromisso.
Claro que não é fácil, e que eu não cheguei nem perto da pessoa que ainda quero ser, mas tentar já é um começo.

Divisores de águas - Parte 1


Aconteceram três fatos em minha vida que considero "divisores de águas", momento de verdadeiro aprendizado. E cada parte irá retratar um desses fatos.
O primeiro ensinamento ocorreu naquela fase da vida que por si só já serve como momento de passagem, a adolescência.
Mas, voltando mais ainda no tempo, essa minha história começa na pré-adolescência.
Eu morava em uma cidade de cinco mil habitantes, e era o patinho feio da turma, foi uma fase muito difícil, fui muito infeliz.
Depois, veio a adolescência, tomei decisões erradas e mais uma vez, fui muito infeliz.
Só que eram fases e as fases mudam e mudou, para muito melhor. Duas leoninas* foram muito importantes nessa mudança, minha mãe e minha prima Dani, elas foram amigas, ouvintes, confidentes, enfim, essenciais.
E por que essas fases foram tão importantes para mim?
Porque com esses períodos ruins eu aprendi a reconhecer quando estou sendo feliz (sei que a concordância não fica muito bonita, mas quero enfatizar o SER feliz).Conseguem entender a importância disso?
Vejo com tanta tristeza as pessoas dizendo que foram felizes e não sabiam. Olha que horror, tu te dar conta só quando passou e geralmente quando está num momento infeliz.
Quando aqueles períodos ruins passaram eu me peguei pensando muitas vezes:
"Eu estou sendo feliz e eu sei."
Pensar assim, sempre me faz potencializar muito a minha felicidade, como se ter consciência disso me tornasse também alegre.
*Leoninas= mulheres lindas do signo de leão, faceiras, emperiquitadas, que não descem do salto nunca e se acham ( porque sabem que são).




quinta-feira, 13 de maio de 2010

Pérolas do Guto


Eram 19hs, no carro: meu pai (João), meu filho (Guto) e eu.

Meu pai e eu estávamos conversando, quando....

Guto: -Vô, teu pai já foi para o céu?

João: - Sim, ele está no céu, nos observando e protengendo.

Guto: - É, e deve tá ouvindo as bobagem que tu fala.

(risos, muitos risos)

E ele tem apenas 4 anos, o que me espera.....

Um filme, dois presentes e uma desidratação






Conheço a Sakura há apenas três meses, mas já aprendi tanto e conheci tanto com ela que parece que a conheço a muito mais tempo.
Uma das coisas que conheci com ela, foi a Sala de Cinema Ulysses Geremia, onde todas as quintas-feiras à tarde são exibidos filmes sem custo para a comunidade. Não são lançamentos, porém, são muuuito bons.
Mas a última quinta que fomos foi especial, não só pelo filme, que eu gostei muito e indico : O Fabuloso Destino de Amelie Polain, que é ótimo, muito divertido, mas também pelo que aconteceu depois. Na saída do cinema a Sakura se virou para mim e me entregou o colar que estava usando, dizendo que era um presente de despedida, pois em 45 dias deve estar morando novamente em São Paulo.
Pode uma coisa dessas? A mulher morou 7 anos aqui e justamente agora, ela vai embora. A única coisa que me conforma é que ela está feliz, e penso que esse é o objetido de todo bom amigo: ver o outro feliz.
A Sakura também fez a parte dela, além de me ensinar a ver a vida de uma forma mais leve, me mostrou lugares, apresentou pessoas e me deu o blog, tudo para que eu não me sinta tão sozinha.
Voltando ao primeiro presente, quando eu o recebi, consegui me manter firme, nem uma lágrima, só que a noite, quando ela me entregou meu presente de dias da mães e eu abracei o pequeno Éki (filho da Sakura), não aguentei, fui para casa e quase me desidratei chorando.
Depois fiquei pensando, que besteira a minha, me lamentar por (mais uma vez) estar me afastando de uma pessoa tão especial, devo sim é agradecer ao destino por sempre me rodear dessas pessoas. E as pessoas que gostamos, carregamos sempre conosco.






Bjinhus!!!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Esclarecendo esclarecimentos esclarecedores..

Quero deixar claro que não me acho melhor que nenhuma mãe pela escolha que fiz. Ao contrário, estou tentando mostrar que somos iguais, com as mesmas preocupações e dilemas.
Tenho certeza que muitas mães gostariam de ficar em casa, mas não podem, principalmente por questões financeiras, e isso não faz delas piores por não estarem com os filhos, nem melhores pq de alguma forma, todas se sacrificam.
Conheço também (e eu fui ou sou-ainda estou me conhecendo-uma delas) mães que não querem ficar em casa, que precisam sair, trabalhar, ver pessoas diferentes, se incomodar no trabalho, para chegarem em casa completas para os filhos, nem por isso são piores, mas tb não se tornam melhores por serem "multifuncionais".
Mas voltando ao meu caso, para eu poder ficar em casa tenho o patrocínio do maridão, além claro, do apoio. Quando cheguei em casa naquela quinta-feira de decisões, perguntei a ele o que achava que eu devia fazer, e, como a maioria dos homens faria, disse que a decisão deveria ser minha, que EU deveria pensar no que seria melhor, mas disse principalmente, que estaria comigo, me apoiando independente da minha decisão. Na hora não era o que eu queria ouvir, pois eu queria um caminho, mas depois eu entendi e amei, ele estava me oferencendo todos os caminhos.
Acho que hoje era isso, mas como comecei com esclarecimentos, acho que seria interessante terminar da mesma forma, então, lá vai: o que escrevo aqui, não são verdades absolutas, mas são as minhas verdades, pelo menos até o momento, pois acredito que estamos em constante transformação.
Agora sim, era isso p/ hoje! Deixa teu recado.
Beijo!!!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Sabe o que eu tava pensando?







Então.....viram que usei duas expressões bem paulistas? No título e no começo dessa postagem?
É que as duas (e únicas) amigas que fiz aqui são paulistas, eu adoro muito as duas e elas estão sendo fundamentais para a minha adaptação, não só de cidade, mas de forma de vida.
Não quero colocar o nome delas pq não sei se elas gostariam da exposição, afinal esse blog será lido no mundo inteiro(...hehehehe), então, vou colocar os apelidos: a Docinha, foi a que conheci primeiro e a chamo assim pq ela largou o emprego para poder cuidar melhor do filho e fazer doces, depois vou discorrer mais sobre esse episódio e a Sakura, que leva esse apelido pq ela tem uma tatuagem linda da flor de cerejeira no ombro, mas de oriental ela não tem nada, pelo contrário, acho até ela bem baiana...ehheh.
Bom, sobre a Docinha, a atitude dela de largar o emprego para cuidar melhor o filho me surpreendeu um pouco, pq ela já vinha a um tempo procurando e ficou super feliz quando consegui, e logo depois abandonou pq achou que o filho não estava sendo bem cuidado na escolinha. Confesso que na hora (com o meu pensamento capitalista ocidental bem enraizado),pensei que era exagero, super proteção mesmo e que não era justo ela abandonar essa conquista, afinal, em pouco tempo ele estaria adaptado. Mas não falei nada disso a ela, apoiei a atitude, para que ela não se sentisse mal.
E como tudo nessa vida tem volta, em uma bela manhã de quinta-feira lá estava eu, sentada no setor comercial de uma empresa, longe dos meus amores, atendendo clientes estressados e com colegas chorando ao meu lado por conta do bendito do estresse também. Como quem me conhece já sabe, juntei todas as minhas forças e fui para o banheiro refletir e desabar em choro.
Na balança dos prós e contras analisei o seguinte:
-Vou retornar ao mercado de trabalho, mas em uma empresa com um foco totalmente diferente do que eu tinha, desde produto a recursos humanos;
-Vou conhecer pessoas diferentes e aprender com elas, mas vou ficar 12 horas longe do meu filho sem saber nada do que ele está aprendendo, sem tempo de aprender com ele;
-Vou ganhar um salário, mas vou perder de almoçar com a família;
- Não vou precisar fazer o serviço de casa todos os dias, mas quando estiver em casa, vou passar o tempo todo organizando as bagunças da semana;
-Vou demonstrar fraqueza para as pessoas, pois vou deixar de ser "multi funcional", e vão pensar que escolhi o caminho mais fácil, mas vou demonstrar o amor imenso que sinto pela família que formamos.
Resumindo, nem apareci no outro dia e fui correndo chorar do colo da minha querida Sakura, quando falei tudo isso para ela e perguntei se ela me entendia, sabe o que ela me disse:" -Claro que sei menina, por que cê acha que faço terapia desde que vim para o sul?"
Foi bom ouvir isso pq entendi que não resolveria meu dilema em um dia, mas que seria uma luta diária para aceitar a escolha (mesmo que temporária) que fiz. Digo que é temporária pq pretendo voltar a trabalhar, mas acho que não agora e nas condições que foram oferecidas.
Esse assunto ainda renderá muitas divagações, mas por hoje, fico por aqui.
Beijos a todos.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O começo...

Bom, tudo precisa ter um começo, então vamos começar pelo nome. Me chamo Aline, mas me chamam de Alinezinha, Aline Querida ou PGM (Pequena Grande Mulher)..ahhhh, adoro isso...heheh.
Resolvi escrever para não enlouquecer e nem enloquecer as pessoas próximas a mim. É que estou a um ano e meio sem trabalhar, então, minhas atividades criativas se resumem ao cardápio, formas de estender a roupa, como organizar de forma rápida a casa e outras coisas mais íntimas que não vale comentar nesse horário...hehehhe.
Antes dessas "férias" eu trabalhava com desenvolvimento de produto em uma empresa, duas coisas que exigem muito da criatividade:
1-desenvolver produtos novos todos os meses, tentando agradar clientes, mantendo qualidade, baixo custo...
2- empresa, lugar cheio de gente, totalmente diferente, nas ideias, ideais, valores e formas de valorizar.
Mas sempre gostei muito de tudo isso e pensei que nunca conseguiria viver longe dessa diversidade, até que...
Caí de mala e cuia em uma nova cidade, na bagagem: marido, filho e ansiedade pelo novo. Como já estava em setembro resolvi procurar emprego apenas no próximo ano, para poder organizar bem a casa, a vida do maridão, não causar muita turbulência na vida do filho, afinal era uma cidade nova, longe dos amiguinhos, avós, e tudo mais.
Então, me redescobri:
Como mãe, que até então não tinha sido direito, pois logo que o meu véio nasceu já voltei a estudar, trabalhar, viajar e com isso as avós se revesaram na criação, cuidados e carinho.
Como esposa, dedicada e carinhosa..huhuuuulll....heheheh
Como Amélia, com uma dedicação incrível que nem eu acreditava que seria capaz que ter, por coisas tão repetitivas quanto o trabalho doméstico.
Acho que para um começo está bom, seguimos depois...beijo...