


Olá,
mencionaram você em uma mensagem:
de Silvana para Aline Felix.
Antes mesmo de saber se meu convite no orkut seria aceito por você já estava escrevendo este texto e também já havia visitado teus blogs.Que me lembro nesses muitos anos que nos afastamos te vi uma única vez mas ter te reencontrado de novo no orkut me trouxe muita saudade...Tenho certeza que dessa pequena cidade de cinco mil habitantes “ter se achado o patinho feio” não foi a única lembrança que você levou.Acho que não foi a única que sentia-se assim.... Talvez erro nosso, talvez por que outras se achavam o “belo cisne”. Teus blogs me surpreenderam muuuuuuitttoooo....Jurava que pontos e doces não eram teu forte.....talvez não fossem mesmo,mas graças a Deus a vida da gente muda muito e fico feliz em saber que hoje você também é FELIZ.Vejo que como eu (demorei pra ver isso),percebe nas pequenas coisas o quanto a vida é bela,assim como nos detalhes das tuas fotos da Serra ,que são um showww!!!!
Teu filhote é lindo!!!! Teus cupcakes uma graça...e aquelas casquinhas crocantes com chocolate: DE BABAR!!!
Tempos memoráveis que se pudéssemos viver com a maturidade que temos hoje, com certeza não seriam tão significativos como foram, nem nos ensinariam tanto....
Um grande beijo...
Mas então, vamos lá:
Há um tempo atrás, recebi pelo correio um livro de presente do meu querido amigo Cássio (que eu gosto e admiro d+), fiquei muito, mas muito feliz, primeiro pq era um presente que vinha de alguém que gosto tanto, depois pq veio pelo correio e a muitos anos eu não recebia nada pelo correio, então fui correndo falar sobre isso com a Cris (Sakura), e ela disse que sentia falta desse sentimento de expectativa ao esperar por uma carta ou a a alegria ao receber uma inesperada.Mas acabamos concordando que as novas tecnologias tb são incríveis, pq podemos manter contato com pessoas distantes , reencontrar amigos....
E foi justamente assim que reencontrei a Julie, nossa amizade começou na segunda série (posso garantir que isso significa bastante tempo...heheheheh), mas a uns 10 anos não nos víamos e foi através do orkut que entrei em contato e descobri que ela tb estava morando em Caxias, então nos reaproximamos.
Foi através dessa ferramenta tb, que reencontrei outras amigas muito queridas e que a Silvana (que tb é uma amiga muito querida) me encontrou e me fez perceber o quanto eu fui injusta ao resumir no meu blog uma parte tão importante da minha vida da qual participaram tantas pessoas especiais . Fui injusta ao descrever a Mata como "uma cidade de cinco mil habitantes", com certeza ela é muito mais que isso, é uma cidade linda e rara, afinal, pouquíssimos lugares no mundo tem fósseis vegetais e em quantidade tão grande. E sobre os habitantes, sim, num número geral são +- cinco mil, mas cada um é único. São pessoas maravilhosas, que abriram suas casas para nós e lá formamos uma nova família, a qual, aliás, se comunicava através de rojões. Como?
Meu pai resolvia fazer um churrasco, então, soltava um rojão, o vizinho da rua de cima entendia o recado e como forma de aceitar o convite, soltava outro, e assim iam até chegarem lá em casa, uns com salada, outros com carne e outros com gaita e violão, uma delícia!!!!
Além de grandes amigos, também aprendi muito lá, afinal, fui 1° Prenda Juvenil do CTG Cancela da Tradição, onde aprendi a declamar (e a aceitar o apoio das amigas qndo esquecia uma parte da poesia durante a apresentação), dançar, organizar eventos, receber bem a todos independente de classe, cor ou o que fosse, no CTG é como na igreja, somos todos iguais, gaúchos louvando a tradição (bunito,né? heheh), respeitar e amar profundamente as tradições. Ah, e ajudou a me socializar.
Depois veio o magistério, outros grandes aprendizados e outros grandes amores : literatura infantil e seus significados (tento usar isso com o Rafa), psicologia (inclusive a infantil, que não deu certo com o Rafa...ehehhe), psicopedagogia (que depois cursei alguns semestres).... Sem contar a diversão que eram as viagens até Jaguari (onde ficava a escola). Íamos de kombi ou topique, os quais nem sempre tinham vidros ou estavam com os documentos em dia, o que nos obrigava a viajar pelo interior das cidades, em estradas de chão , com muito pó e paisagens lindíssimas. Para completar, o motorista era ( e deve continuar sendo) uma figura maravilhosa, ia cantando músicas gaúchas e contando piadas, e nós, naquela idade do riso frouxo, íamos rindo, comendo poeira e as vezes o resto do lanche ou almoço que tínhamos feito na escola, tudo muito bom.
A Silvana estava um ano a minha frente no magistério e além de ser um doce de amiga e ótima parceira de viajem, era também um grande exemplo, super dedicada e caprichosa, uma ótima prof.
Me formei mas nunca exerci a profissão, eu tinha consciência de que aos 18 anos eu era muito imatura para uma profissão tão importante, de tanta responsabilidade. Durante o estágio percebi o quanto os pais depositavam suas expectativas em cima das crianças, e o quanto eu como professora, principalmente de séries iniciais, podia influenciá-las, não me achava preparada pra isso, principalmente quando os pais vinham me elogiar e descrever como os filhos tinham melhorado com as minhas aulas, isso me deixava mais preocupada ainda com o que eu podia passar de mensagem pra eles . Acho que foi uma atitude certa, era imatura mesmo.
Fora isso, tinham as primeiras descobertas, amores, decepções, muita coisa, coisas que sempre ficava pensando : e se eu tivesse feito diferente? Mas aí, cheguei a uma conclusão, que se não é a resposta final, pelo menos é um bom consolo: se eu vivi tudo o que vivi (não que tenha sofrido tanto, como pode parecer com essa frase, só acho que podia ter encarado as coisas de forma diferente)pra chegar onde estou hoje, valeu a pena e completo com o que minha sábia amiga escreveu: talvez não teriam sido tão significativos como foram, nem nos ensinassem tanto. O livro QUANDO NIETZSCHE CHOROU (do autor Irvin D. Yalon) fala um pouco sobre isso e eu recomendo, ele ensina muito e a história é ótima.
Pronto, sei que não falei de tudo, nem de todos, mas lembro de tudo e sinto saudade de todos.
Bjos...
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